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Desenvolvimento Infantil e a epistemologia genética de Jean Piaget





Em seus estudos Piaget descobriu que as crianças não aprendem como os adultos. Piaget recomendou aos adultos que adotassem uma abordagem educacional ao trabalhar e lidar com crianças. Piaget modificou a teoria pedagógica tradicional que afirmava que a mente de uma é vazia, esperando ser preenchida por conhecimentos.
Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras de seu conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo.
Piaget acreditava que a experiência ativa com o mundo é essencial para o crescimento cognitivo. As crianças constroem seu mundo ao ordenar o material bruto fornecido por visões, sons e cheiros. Ele atribuía grande importância à maturação orgânica e à adaptação do sujeito ao meio em que vive.
Para Piaget, a inteligência consiste na capacidade individual de acomodação ao meio onde o processo cognitivo teria início nos reflexos fortuitos e difusos do recém nascido, desenvolvendo-se por estágios, até alcançar o nível adulto do raciocínio lógico. Ocorre por meio de uma assimilação progressiva do meio ambiente e uma acomodação das estruturas mentais para novos conhecimentos adquiridos do mundo em que vive.
Piaget divide o desenvolvimento em períodos de acordo com o desenvolvimento de novas qualidades do pensamento.

Período sensório motor (0-2 anos)

O importante aspecto unificador desse período é que a criança adquire habilidades a adaptações de tipo comportamental. São esquemas sensomotores. Organizam a informação sensorial e resultam em comportamento adaptativo, mas não são acompanhados por representações cognitivas ou conceitual do comportamento ou do ambiente externo. No entanto, o comportamento durante a infância é autenticamente adaptativo e inteligente e o esquemas sensomotores são as raízes históricas, a partir das quais se desenvolvem os esquemas conceituais posteriores.
O desenvolvimento físico ocorre de forma acelerada e é suporte para o aparecimento de novas habilidades, como sentar, andar, falar... Com isso, é capaz de realizar uma diferenciação progressiva entre o seu eu e o mundo exterior.

Período Pré-operatório (2-6 anos)

A etapa Pré operatória é marcada, em especial, pelo aparecimento da linguagem oral, por volta dos dois anos. Permite às crianças pôr em prática além da inteligência construída na fase anterior, também ampliar suas habilidades em interagir com o meio, transformando-o em ações mentais.
É onde o quadro cognitivo interno que a criança tem do mundo externo gradualmente vai crescendo através das relações.
Esse período é um dos que oferecem maior dificuldade à compreensão, sendo fácil subestimar a capacidade da criança, a partir de suas tentativas de erro e acerto em problemas lógicos simples. Igualmente é mais fácil superestimar sua capacidade a partir de seu comportamento sensato e lógico, em situações de brinquedos livres.

Período da operações concretas (7 – 11 ou 12 anos)

Por volta dos sete anos, os processos de pensamento formal das crianças se tornam muito mais estáveis e razoáveis. Pode organizar objetos, segundo uma ordem e tamanho, ajustando novos objetos. É o início de uma construção lógica, capacidade de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vistas diferentes.
No âmbito afetivo, significa que  a criança será capaz de cooperar com os outros, de trabalhar em grupo e ter autonomia pessoal. Intelectualmente surge a capacidade de realizar operações.

Período da Operações Formais ( 11 ou 12 anos em diante)

As realizações finais aparecem no início da adolescência. Neste ponto a criança pode compreender os princípios básicos do pensamento causal e da experiência científica. Pode realizar experimentos e deduzir as suas consequências adequadas.
Neste período ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato. Atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade. Quando compreende a importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real.

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